quarta-feira, 24 de novembro de 2010

9 - Kom Ombo

Kom Ombo é uma cidade do Egito, localizada na margem direita (oriental) do rio Nilo, a cerca de 160 km ao sul de Luxor e 40 km ao norte de Aswan. Ela tem aproximadamente 60 mil habitantes, muitos dos quais são núbios provenientes das regiões inundadas pelo lago Nasser, que foi formado após a construção da represa de Aswan.  Aquela que visitamos no primeiro dia.

A cidade é um importante destino turístico, em razão de ter um templo de época greco-romana, mais precisamente ptolemaico, dedicado a duas divindades: o deus crocodilo Sobek e o deus falcão Hórus. A entrada é composta de portais gêmeos, um para cada deus.
Por estar às margens do rio Nilo numa região infestada de crocodilos foi construido um túnel subterrâneo que permitia que os répteis nadassem até um poço dentro do templo para serem melhor admirados pelos fiéis.


                                                      Portais gêmeos

Há hieróglifos em relevo nas paredes onde consta a primeira receita médica da humanidade, bem como, já naquela época um médico usando um estetoscópio.
Algumas paredes ainda conservam a pintura original, algo imprecionante! Certamente pelo clima seco do deserto, com idade de quase 3.000 anos.


                                                  Sobek o deus crocodilo

                                                  Hórus o deus Falcão

                                                            Pintura Original
                                        
Há também uma construção interessante neste templo, algo que mais tarde vamos ver em outros templos também, é uma construção que se chama nilômetro, serve para medir a altura do rio Nilo e assim poder fazer a previsão dos impostos, caso houvesse cheia os impostos eram mais baratos.


                                                           Nilômetro

Acho que quando o Abdul nos passou esta informação em seguida pode ter ficado chateado, por que eu e a Pri começamos a brincar com a palavra “nilômetro”, dizendo que então era daí que vinha a palavra “nilímetro” ou “nilimétrico”. Tivemos que parar de rir, acho que ele não gostou, mas depois até riu um pouquinho do trocadilho.


                                                              As lindas                                     

Abdul desde a primeira noite havia nos avisado sobre uma festa com trajes típicos do Egito, quando chegamos ao navio fomos olhar as roupas que estavam expostas na lojinha do andar superior e não nos agradamos de nenhuma, pedimos que ele nos ajudasse a comprar algo mais interessante no mercado de Kom Ombo.
Esta foto acima é a última deste templo, em seguida começamos a voltar para ver os trajes.
Entramos numa estande onde logo começaram as conversas, é muito interessante a rapidez dos comerciantes, eles assim que olham voce começam a falar em espanhol, parace que está escrito na testa da gente.

Abdul senta e fala em árabe, imagino que está pedindo as túnicas que queremos.

Agora imagina, faz um calor de 45º ou mais,  precisamos colocar as roupas por cima das nossas, e os vendedores não param de falar, fazem isso juntos, ao mesmo tempo, acho que deve ser alguma técnica para deixar os turistas meio tontos.

E começam então as provas naquele calor. A roupa não desce! Ela cola em voce. Fica presa nos braços, nos ombros fazendo a gente ficar se remexendo que nem uma cobra maluca para poder entrar num negócio daqueles.
As cores também não ajudam muito, tá dificil escolher, mas estamos tentando, penso o seguinte: Quando nesta minha vida vou usar isto aqui de novo? Ah e tem mais! Na cabeça vai uma touquinha com uns penduricos que ficam balançando na frente dos olhos. Nada confortável.
Abdul fica assistindo e achando graça das nossas macaquices para entrar nas roupas, quando finalmente coloco uma azul e ele diz que sim com a cabeça, a Pri escolhe uma preta e ele concorda também, diz que somos agora a Nefertari e a Cleopatra.

Meu Deus! Que calor! Finalmente escolhemos as tunicas, as touquinhas e agora começam as negociações.
Eles pedem o valor em euros, digo que não, quero o valor em libra. Daí o Abdul começa a falar com eles.
Para amenizar o vendedor faz uma oferta por mim, diz que paga 2.000 camelos e 3 Ferrari, acho engraçado, a Pri diz que vai ligar para o Ronaldo por que a oferta parece boa, ela lembra que a oferta da Xuxa foi de 1.000 camelos e 2 Ferrari. Acho que é por que o cabelo dela é curtinho.

As negociações evoluem para dólar, e dizem então que cada conjunto de tunica e touca custa 100 dólares. Ah...tá brincando né? Abdul interfere de novo e diz que não, que somos brasileiras, que eles podem cobrar isso quando ele levar turistas europeus, que este preço não pode ser.

Eu já to ficando com insolação, o calor tá de esturricar, uma sede que só de pensar em água ela aparece na minha frente, tipo miragem! Preciso urgentemente fazer pipi, tudo isso junto! E os caras não param de falar e negociar. Que chatice!
  To começando a achar que está é uma técnica muito utilizada no Egito, lembrei do Haissan quando queria vender o ingresso do tal show de luz e som no Cairo.

Fechamos em 45 dolares cada uma, e fomos embora. Crentes que fizemos bom negócio, para no segundo seguinte perceber que não!
É muito doido isso, agente sabe que está sendo enrolada, percebe que tá errado, sabe que não é pra fazer, mas acaba fazendo. Comentamos entre nós que era certo que tinhamos pago caro demais. Certeza que pagamos mesmo!

Pelo menos é algodão egípcio. A túnica tá aqui a touquinha também, se alguém precisar está às ordens!

Voltamos para o navio, hora de almoçar, descansar um pouco e retomar o fôlego para o passeio da tarde.

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