quarta-feira, 30 de maio de 2012

Reiki - Parte I


Conceituar reiki  não é uma tarefa fácil, para entendê-lo, é necessário viajar pelos caminhos históricos que fundamentaram vários dos componentes que o definem, bem como os conceitos de matéria e energia, física moderna e física quântica. Por incrível que pareça entender reiki exige que façamos um caminho pela ciência.


O seu descobridor foi Mikao Usui,  um monge japonês  que dedicou parte de sua vida para estudar e posteriormente divulgar o seu trabalho de pesquisa que resultou no caminho de sua existência.

O reiki tornou-se manifesto a partir do estudo e entendimento de algumas técnicas milenares advindas do conhecimento da sua prática budista e posteriormente das viagens em busca de entendimento e respostas para aliviar a dor e sofrimentos humanos.

Mestre Mikao sentia-se triste e impotente frente ás desgraças e sofrimentos que assistia , muitas vezes questionando-se sobre qual forma de poder ajudar de maneira mais eficiente, sem que as pessoas tivessem que ficar anos em treinamento, meditações e técnicas para obter equilíbrio e energia saudáveis.

Sua busca encontrou respostas nos manuscritos em sânscrito que ele pesquisou nas viagens para o Tibete e Índia, documentos estes que relatavam os caminhos e técnicas utilizados para chegar a iluminação que Buda utilizou. Ali haviam símbolos e mantras que inicialmente, apesar de importantes e poderosos teriam que ser utilizados dentro do contexto e práticas budistas, além do mais, Mestre Mikao precisou aprender sânscrito para melhor utilizar este tesouro que estava em suas mãos.

O DNA do reiki é composto por conhecimentos obtidos graças aos primeiros cientistas intuitivos, os yogues, de aproximadamente 7.000 anos atrás, que empenharam-se a conhecer e entender os grandes e maravilhosos recursos que possuímos quando em profunda meditação e comunhão com o universo.


Em suas práticas intuitivas, ao se concentrar em um alto nível de percepção puderam sentir em diferentes partes do corpo , movimentos de energia bioplasmática amplas e posteriormente com maior concentração ainda, perceberam que estes movimentos produziam sons. Ao concentrarem-se ainda mais perceberam que estes vórtices ao serem estimulados produziam uma contra resposta criando uma ressonância que percorria todo o sistema biopsicofisiológico.

Ao repetir a experiência, perceberam que as respostas eram sempre as mesmas, com variações proporcionais  ao estado vibracional de cada um.
De todas as frequências percebidas, cinquenta foram classificadas como básicas ou estruturais, de onde todas as outras variações possíveis provinham. Seus sons registrados e repetidos na frequência exata provocavam estímulos na frequência bioenergética.

Destes sons, surgiu a língua mais antiga da humanidade o sânscrito, até hoje o sânscrito clássico  é formado destes cinquenta fonemas.
Com a experimentação no campo das inter-relações  e as combinações de frequências vieram os poderosos mantras, capazes de inumeráveis prodígios aqueles que os dominavam. 


Aos vórtices de energia descobertos eles denominaram de chakras que em sânscrito significa “roda”, estes são centros de energéticos  responsáveis por complexas e inúmeras funções no corpo humano. É através dos chakras que perdemos energia quando estamos em sofrimento físico e emocional, pois cada chakra é um ponto coletor de uma área determinada de conflito e desenvolvimento, mas é também através deles que obtemos saúde e bem estar fisco, emocional, psicológico e espiritual.

Reiki é uma palavra japonesa que pode ter vários significados diferentes, consiste em dois kanjis , rei e ki.

Rei pode significar espírito, alma ou fantasma. Ki pode significar energia, atmosfera, mente, coração, sentimento ou humor. Juntos os kanjis formam uma ideia, ou  seja, reiki é uma energia que atua, circula e permeia a alma,  espírito ou humor.

Esta é uma primeira etapa de conhecimento para entender o reiki, nos posts que virão falarei de que forma o reiki atua e o por que é uma técnica tão encantadora e acima de tudo eficiente.


Abraço carinhoso,

Cris.

Fonte: Anotações e pesquisa do material de mestrado em reiki com o Mestre Marco Aurélio da Fonseca.

domingo, 27 de maio de 2012

Perdas e Ganhos



Penso que o que estou sentindo deve ser, junto com o amor, uma das coisas mais antigas da humanidade.

Estes sentimentos são gêmeos, moram juntos, quase um dentro do outro, e às vezes acho que sim!  São complementares, irmãos, são como o copo e a água um precisa do outro, conhecendo um conhecemos o outro.

Estão em harmonia e em um segundo instala-se o caos, e assim também é verdadeiro quando ao contrário. Alimentam-se, e ao mesmo tempo quando estão em nós fervilham de pensamentos nossa mente e coração.
Junto com o amor, o medo da perda vem no kit da sobrevivência, no mesmo pacotinho embalado a vácuo, quando um respira o outro se inspira e neste momento utilizamos outros sentimentos já adquiridos para sobreviver ao insistente vai e vem deste processo.

Perdi, há pouco tempo perdi feio, como nunca antes, desabei, comprimi e em algum lugar com algum equipamento invisível e poderoso alguma coisa me puxou para um lugar que não conheço, segurou com mão firme, me cobriu os olhos, tampou meus ouvidos e me permitiu apenas respirar.

Foi o que fiz, respirei. Apenas respirei.

O único lugar disponível para mobilidade foi para dentro, o único som que ouvi foram as batidas do meu coração e minha respiração e a única luz que lentamente foi surgindo foi da fé, única luz, única!

Em alguns segundos, abriu-se entre nós um universo completo, inteiro, com sóis e galáxias, uma viagem apenas para um, um bilhete, apenas um lugar, apenas um passaporte e bagagem nenhuma, nem roupa, nem bolsa, nem perfume.

E você foi, apenas foi. Embarcou sozinha, não levou nada, respirou forte, acho que para tomar impulso, e foi.

E o universo se fechou, fechou a porta, desintegrou, desapareceu e eu fiquei, chamando, chamando, chamando.

Antes de tudo veio o amor, que é fonte de tudo o que existe, antes de tudo veio o sopro, antes de tudo veio a luz, e acima de tudo está DEUS que é todas estas coisas, desta forma antes de tudo veio Ele.

O que veio antes de tudo então?

Esta sou eu, ouvindo o silencio de olhos vendados.

Mas depois de tudo, veio você mãe, depois de você eu vim e depois de mim veio a Vanise, foi quando percebi que lá onde eu estava ela respirava ao meu lado, também apenas respirava.

E entendi que antes de tudo vem o amor, ele chega primeiro, o medo vem depois, bem depois, escolhemos qual abrir primeiro quando pegamos o pacotinho, é o tal do livre arbítrio.

Perdas são perdas, não há o que explicar, é algo que vai embora, some do seu olhar, da sua presença para lugar desconhecido, sem mapa, sem som, nem toque, nem riso, nem sonho. E eu perdi. Isso eu perdi, nunca mais o abraço, nunca mais o beijo, nunca mais você aqui, nunca mais eu com você assim.

Este é o medo.

Ganhos são ganhos, não há o que explicar, é algo que chega, aparece na sua frente de lugar desconhecido, nem sempre com mapa, mas sempre com caminhos, com possibilidades, entendimentos, você compartilha, divide, multiplica, enriquece, ilumina e inspira.

Este é o amor.

Com ele veio você, eu e a Vanise



Comigo veio o Victor.



Com a Vanise veio a Mariana e o João Pedro.



Como disse antes, o amor e o medo da perda vivem juntos, mas agora eu sei mãe, o medo não poderá ser mais forte do que o amor, o meu medo perde força por que é sozinho, perde impulso por que não tem ar, fica cego por que dei a minha venda para ele, segurei na mão da minha irmã, respiramos juntas agora e assim o medo perdeu! O amor vence mãe! Por que este sim, este...É infinito!



domingo, 13 de maio de 2012



 A conversa dos meus sonhos

Seria tão bom se nos fosse concedido, uma vez na vida em algum momento específico, uma conversa especial.
Se este pedido fosse concedido, certamente eu o usaria agora, por que somente agora tenho um assunto especial para uma pessoa específica.
Eu escolheria um dia que era sempre motivo de sorrisos e alegrias bem vivos na minha mente e coração, pois foi vivido várias vezes desde que mudei para longe, e o último agora à pouco, em Fevereiro. A situação se desenhava assim, eu ligava e dizia:
- Oi mãe! Tudo bem? Saudades querideza! O que você está fazendo?
A resposta vinha de acordo com o horário.
- Oi filha! Tudo bem meu amor! Estou lendo o jornal e você?
- To indo para o consultório mãe, deu saudades e resolvi te ligar!
Neste momento sempre ouvia uma risada, daquelas que as mães dão quando recebem um mimo de filho, sabe como é?
- Ah! Querida!  A mãe está com saudades também.
- Mãe! Como está o tempo aí?
- Ta frio, mas por que?
-Ah! Por que preciso saber se é para levar casaco!
Agora  vem a minha parte favorita:
- Aaai que bom você está vindo? Quando? Que horas? Coisa boa filha, mas que coisa boa! Então desde agora vou ficar aqui sentadinha te esperando, até a hora de você chegar.
Esta parte sempre vinha com risos, por que sempre perguntava como ela iria fazer isso, pois e o almoço? E o banho? E o jornal? E a saidinha para molhar a grama com a minha irmã?
Ela ria, ria e dizia assim:
- Eu paro de comer sem problema por que estou gordinha, o banho você me dá quando chegar e a saidinha para molhar a grama eu faço sentada mesmo por que aonde eu vou a cadeira (de rodas) vai também.
Risada de ambas! O tom alegre adicionava leveza para o dia de trabalho.
- Mãe to chegando no consultório falamos depois tá? Se cuida aí, beijo na Belinha (cachorrinha amada dela), te amo!
- Cristina! Espera! Tu esta dirigindo e falando no celular minha filha?
Apesar de já ter explicado mil vezes que estava falando no viva-voz a pergunta sempre vinha.
- Não mãe! Estou no viva-voz lembra? Já te expliquei que não precisa segurar o aparelho.
-Ah tá! Então vai, filha, fica com Deus, se cuida beijo a mãe te ama!
-Te amo mãe, fica com Deus também beijo!
Termina a conversa e um calor no coração alimenta minha alma. De uns tempos para cá, eu soube valorizar este momento, sentia a necessidade de ouvir a risadinha depois do: “Oi filha!” e por isso fazia um tempo que ligava todos os dias, no mínimo uma vez, às vezes três vezes para falar bobagens, comentar a novela, ou contar alguma besteira.
Hoje, especialmente hoje, se um pedido me fosse concedido, usaria este da conversa especial mãe! Por que desde que você se foi, o percurso para o meu trabalho só não tem sido vazio e solitário, por que agora ligo para a Vanise, o que é ótimo, este hábito de entrar no carro e te ligar precisava encontrar um correspondente, mas quantas saudades da tua voz!
Passei vários dias, muitos mesmo, pensando no que eu diria se pudesse estar com você para esta conversa, treinei, falei coisas sem importância, tentei ser poética, busquei um tom mais sério e não deu certo, principalmente por que estaria fugindo do que eu sou.
 Não sou nada disso, nem séria nem poética, sou apenas esta filha meio estabanada, às vezes esquecida e muitas vezes atrapalhada em algumas coisas, mas que segundo a tua opinião, bagunçada por fora e organizada por dentro.
Pensei que seria importante pedir perdão por algumas coisas, tenho certeza de que fiz coisas que te magoou, te deixou triste e te fez chorar, e por isso, desculpa mãe, desculpa mesmo, foi burrada daquelas que a gente faz e só se dá conta depois, mas julga que se tem tempo para desfazer, e eu não sei se tive este tempo.
Daí lembrei que, quando por algum motivo me sinto triste por algo acontecido com meu filho, aquilo dura segundos, e depois tudo volta a ser como antes, por que coração de mãe é isso mesmo, não fica segurando as coisas por muito tempo, e me senti melhor, mas sei também o quanto é bom quando os filhos voltam e se desculpam, eu fiz isso com você, me desculpei mas já estava saindo e não vi como isso ficou depois.
Enquanto estava treinando a conversa, lembrei do dia em que passamos rindo desde a hora do almoço, por que, de brincadeira fiz a boca da Janete (do Zorra Total) e te chamei para comer, você encostou para trás e riu para valer!
 Rimos uma da risada da outra, e quanto mais eu falava daquele jeito, mais você ria e eu ria de você rindo de mim! Esta gracinha preencheu nosso dia inteiro!  Quase não conseguimos comer por que a risada vinha espontânea e aos montes, fazendo a gente cuspir o macarrão lembra?
Você dizia: “Como você me faz rir!” Essa memória tem me confortado ultimamente.
Mas meu treino não deu muito certo, tudo isso são lembranças que agora vem no kit da enorme saudade que sinto de você, só agora entendo algumas coisas, e o fato de estar em frente a você me faz calar. Isso acontece por que entendi sentimentos e muitas vezes, estes são difíceis de verbalizar, as palavras não cabem.
Então resolvi que poderia falar o que aprendi com você, e tudo se complicou, por que a lista é enorme e precisaria um capitulo de algum livro, talvez aquele que você sempre pediu para eu escrever e eu sempre disse que não me sentia capaz.
Bobagem filha! Você dizia, escreve como você fala, é tão bom te ouvir e com certeza vai ser bom te ler!
Quanta coisa pude ser nos teus sonhos, bailarina, musicista, pianista, psicóloga, escritora, mãe e filha mais velha. Caminhamos juntas até meus cinco anos, e depois chegou minha irmã linda, eu já disse isso, mas vale dizer de novo: obrigada por ela tá mãe?
Você disse no dia da sua partida: “Fiquem juntas, por que quando eu for embora, vocês só terão uma à outra!”.
Ambas temos famílias lindas, nosso pai, três irmãos amorosos e presentes em nossas vidas por parte de pai, filhos lindos, maridos maravilhosos, tias, primas, cunhados, mas somente minha irmã é testemunha do que eu fui e vice versa.
Talvez esta conversa fosse muito longa e talvez você não pudesse ficar muito tempo, então pensei em algo que pudesse resumir tudo isso de forma simples e clara.
A conversa dos meus sonhos acabei de entender, não seria uma conversa, seria apenas uma declaração.
Eu ficaria em frente a você, te daria um monte de beijinhos daqueles que te fazia fechar os olhos e rir, ficaria um tempão abraçada e depois diria:

- EU TE AMO MÃE! Parabéns pelo dia de hoje minha querideza!

PS: A conversa dos meus sonhos quem sabe, seja o título do livro que ainda vou escrever tá? Beijo depois a gente se fala, fica com Deus mãe!



Nossa foto do dia das mães ano passado