sábado, 14 de dezembro de 2013

O dia de Celine está apenas começando...

Celine é bonita apesar de aparentar mais idade do que realmente tem, é pequena, olhos expressivos e  “quase verdes” como costuma dizer. Tem a pele branca e lisa, quase não pega sol e uma moldura de cabelos realmente negros que ela insiste em manter preso.

Sua beleza sempre rende elogios e quando alguém fala isso ela responde:” Sou comum!”. E logo trata de mudar de assunto.

 Sua vida não foi fácil até então, desde muito pequena foi acostumada a enfrentar as coisas de frente, com apenas 12 anos ela e sua mãe, já doente, foram despejadas da casa onde moravam por falta de pagamento do aluguel, pegou o que pôde para colocar em uma mala pequena.

Ali estavam as poucas roupas, algumas fotos, um abajur, um guardanapo de crochê  e um pequeno espelho, na outra mão uma mesinha minúscula. E assim a menina em apenas um dia cresceu alguns anos.

Penso que este dia formatou na pequena, o olhar desconfiado e triste que ainda hoje traz consigo.

Apenas duas pessoas a fazem sorrir com leveza, seus amigos Aziz um jovem libanês e Louise, companheiros de orfanato, amizade conquistada a cada dia pelos anos de convivência.Vários foram os aniversários e natais compartilhados pelo trio, comemoravam sozinhos e de mãos dadas sempre no primeiro segundo  após à meia noite. São até hoje inseparáveis, formaram sua própria família, chamam-se de irmãos.

Celine olha para o relógio apreensiva, seu ônibus está atrasado, e levar bronca por chegar atrasada não está nos seus planos para hoje, realmente não!
Se é algo que funciona bem nesta cidade é o transporte público, muito estranho este atraso. Confirma com uma senhora que também espera se ele realmente não passou, já se conhecem de vista por que sempre pegam juntas a mesma condução e ela confirma que não.

Ansiosa, ajeita novamente o casaco, bate o pé algumas vezes e olha para a rua.

Finalmente algo bom!

Dobrando a esquina aparece Aziz em cima de sua inseparável bicicleta vermelha!

Lá vem ele com um chapéu esquisito e o também inseparável cachecol amarelo, pedalando em alta velocidade como sempre! Diariamente brincam para ver quem chega primeiro ao trabalho já que ele é aprendiz de padeiro e faz entregas na mesma padaria, mas hoje não dá para brincar, sem demora ela se joga na frente dele que se desequilibra e quase cai.

- Tá maluca?! Aziz fala com os olhos arregalados e já dando uma gargalhada!

- Aaai! Graças a Deus! Carona Aziz! Não sei por que, meu ônibus está atrasado!  Sem esperar resposta já vai se acomodando na parte da frente da bicicleta, onde normalmente ele carrega as caixas de entregas de pães e doces.

-Ah é? Hoje quer carona! Ontem me deu tchauzinho da janela do ônibus, e ainda por cima com aquele sorrisinho de lado, acho que não! Ele responde  juntando as sobrancelhas grossas enquanto finge arrumar o cachecol.

-Pára Aziz! Vamos rápido, algo me diz que Berta hoje não está para brincadeiras, pedala!

Ele em seguida ajeita a bicicleta para que ela se acomode melhor.

“É fácil carregar Celine” -  pensa Aziz -  ela é bem leve, algumas encomendas são muito mais pesadas do que ela com certeza!

E partem os dois inicialmente fazendo zigue-zague até pegar equilíbrio, arrancando algumas risadas de ambos já que ela precisa segurar-se com ambas as mãos e ele discretamente faz uma careta, daquelas de quem fez algo de propósito.  Sim ele sempre conseguia fazê-la sorrir, era assim desde menino.

As ruas estão cheias, e com toda força aquele pedal vai ganhando as ruas, sentiu  até frio! Celine olha o relógio mais uma vez e fica aliviada, vai dar tempo! Faltam apenas duas quadras, e dobram a última esquina.

Surpresa quando fazem a curva.

- Ooopaa! Segura! Grita Aziz freando bruscamente, quase subindo a calçada e por pouco não acerta uma carroça de cachorro quente, provocando um grito do vendedor.

Não fosse pelo reflexo rápido e o aviso do amigo Celine teria sido arremessada longe,  ou pior, teria dado de cara no carro parado em uma rua que normalmente tem o trânsito fácil.

Que susto!


Fonte: parisvip.blogspot.com.br
Celine permanece sentada e agarrando tão forte na bicicleta que quase teve câimbra nos dedos, sua bolsa veio para frente e a menina que já era branca agora parecia uma cera de vela! Aziz fica em pé imediatamente tentando entender o que está acontecendo.

O fluxo na calçada também está lento, as pessoas assim como eles, buscam alguma resposta para justificar este inusitado acontecimento, nunca se viu aquela rua assim.

 Algo está diferente, os carros estão parados e há um grande engarrafamento, a bicicleta consegue passar desviando aqui e lá,  ele tenta subir novamente para pedalar, mas acaba desistindo e começa a fazer o percurso empurrando com os pés bem devagar para manter o equilíbrio.

Decidem descer e terminar o percurso caminhando já que estão quase chegando.

- O que está acontecendo ? Pergunta Celine. E observa o mesmo olhar de dúvida no rosto do amigo.

- Não sei! Estranho né? Aqui sempre tem movimento, ás vezes é devagar  mas nunca ficou parado assim!

Estão chegando.

 Aziz empurra a bicicleta pelo meio fio e Celine caminha ao seu lado.
Na porta está Berta, a gerente.

Ambos olham para seus relógios, não estavam atrasados.

-O que ela faz na porta? Pergunta baixinho com a boca torta para o lado - isso definitivamente não é comum!

- Não é mesmo! Responde Aziz entre curioso e espantado.

-Só há uma maneira de saber – Celine dá uma ajeitada no cabelo a fim de parecer normal e dá uma olhada de lado para Aziz, entendem-se desta forma desde crianças.

E ambos apressaram o passo em direção à “ Bon Cookie de Bolangerie”


Continua...

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Um conto de Natal


O dia começou comum, e desde o momento em que abriu os olhos ela já sabia qual seria o movimento seguinte.

Levantar, fazer xixi, escovar os dentes, tomar banho, escolher uma roupa qualquer, tomar o café com o pão de ontem e sair.

Um pouco antes de levantar-se da mesa com a mesma toalha da semana anterior, pensou se hoje, só hoje, algo poderia ser diferente, e ficou assim com o olhar parado por alguns segundos, fixando um ponto qualquer entre o teto e a parede da cozinha.

Nunca foi pessoa de devaneios, considerava-se rápida, prática e decidida, sempre achou que sonhos eram para os desocupados, sem compromissos ou para os artistas, estes sim podiam sonhar, por que tinham tempo para isso, mas não ela.

Levantou-se rápido, como que despertando de um pequeno transe e voltou ao quarto para buscar um casaco, o tempo não estava bom.

O emprego de faxineira em uma padaria não era lá grande coisa, mas pagava o aluguel do pequeno quarto e sala, e ás vezes ao final do mês, sobrava um troco para uma besteirinha qualquer.

Mas este mês não sobrou nada.

O caminho entre o quarto e a porta de saída era feito através de um pequeno corredor, que tempos atrás enfeitou com alguns retratos de família e a imagem de sua santa de devoção a Nossa Senhora das Graças.


 Levara bastante tempo organizando de forma metódica as fotos para que estivessem cronologicamente corretas.

 Esta tarefa foi seu passatempo por vários dias.

 Ficou até triste quando terminou, mas pelo menos agora,  as fotos haviam saído da caixa de sapatos e finalmente estavam com alguma dignidade,  apesar de estar triste estava também satisfeita por ver sua história ali, resumida em pequenas fotografias expostas como janelas de um passado que por vezes ela sorria ao lembrar e outras a faziam chorar.

  Mas bem pouco, só um pouquinho mesmo.

Normalmente passava rápido por ele, quase sempre atrasada apenas com o tempo de pegar a chave em cima de uma mesinha pequena que fazia questão de manter com um guardanapo de crochê e um abajur de tulipa.

Estes dois objetos eram as únicas lembranças da mobília de sua mãe, foi o que conseguiu carregar quando foram jogadas na rua. Dia que não quer lembrar.

Passou pelo corredor um pouco mais devagar hoje, nem se deu conta, mas parou o olhar numa foto, outro pequeno devaneio e um segundo de memória a fez baixar os olhos.

Chega! Pensou. Chega mesmo!

Celine vestiu o casaco, pegou sua bolsinha pequena e a colocou atravessada como faz sempre, abriu a porta e saiu. Fez certo de pegar o casaco, pois assim que chegou à rua foi recebida por uma rajada de vento.

Fechou o casaco rapidamente, pegou um elástico e prendeu o cabelo, coisa chata é o vento fazendo o cabelo voar no rosto, pensou.

 Estando pronta, começou a percorrer em passos rápidos o caminho para o ponto de ônibus que por sorte a deixava a meia quadra do seu trabalho.


Continua...

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

O que te faz Feliz? Parte III

Fonte: Google

Felicidade pela Wikipédia: É um estado durável de plenitude, satisfação e equilíbrio físico e psíquico, em que o sofrimento e a inquietude são transformados em emoções ou sentimentos que vai desde o contentamento até a alegria intensa ou júbilo.

Para o Budismo a felicidade é a liberação do sofrimento e é obtida pela superação do desejo em todas as suas formas.

Para Aristóteles um homem feliz é um homem virtuoso.

Jesus Cristo defendeu o amor como elemento fundamental para se atingir a harmonia em todos os níveis, inclusive no nível da felicidade individual.

Maomé enfatizou a caridade e a esperança numa vida após morte como elementos fundamentais para uma felicidade duradoura, eterna.

O filósofo suíço Jean-Jaques Rousseau defendeu que o ser humano era, originalmente, feliz, mas que o advento da civilização havia destruído este estado original de harmonia. Para se recuperar a felicidade original, a educação do ser humano deveria objetivar o retorno deste à sua simplicidade original.

Estas fontes históricas ecoaram pelo tempo e encontraram correspondentes nos tempos atuais, todos nós temos um pouco da felicidade ensinada e vivida pelos filósofos e seres iluminados descritos acima, em algum momento mesmo que brevemente, alcançamos uma centelha de cada uma destas formas de felicidade.

O senso comum é que: A felicidade precisa ser buscada!

E nós buscamos!

É bem verdade que muitas vezes fazemos isso de forma errada, basicamente por que muitas vezes criamos a ilusão de que somente o bem material é o portador e grande mantenedor do poder de felicidade.

Algumas pessoas ficam bastante tempo nesta idéia e outras por um tempo menor, de qualquer forma, há um ponto de verdade nisso, muitas vezes a compra de algo nos eleva a um bom patamar de felicidade, não só pela situação em si, mas também pelo prazer de haver conquistado algo almejado. Conquistar algo é muito bom, principalmente quando vem somado ao esforço e à sua realização.

Minhas fontes para a pergunta “O que te faz feliz?” são contemporâneas, e passearam por várias vertentes, mas a grande maioria orbitou suavemente pelos caminhos do sentir e não do obter, o que me faz acreditar que as pesquisas atuais estão absolutamente corretas quando publicam seus resultados dizendo que: A gratidão pelo que se tem é fundamental para uma vida feliz!

A simplicidade como forma de felicidade:

Virgínia




A Virginia diz: “São as coisas mais simples que me fazem feliz! O cheiro do café pela manhã, saber que minha família e amigos estão bem, o abraço das pessoas que amo, poder ajudar os outros...!”

Vera


Quase completando o que ela diz a Vera continua: “... É ver o mar, sentir o vento, olhar para trás e sentir que me saí bem diante das dificuldades, das perdas que tive, de ver o que sou hoje e do que conquistei neste caminho...!”






Jusane



Jusane reforça que a felicidade é tão simples dizendo: “... Acredito que sou feliz quando abraço alguém, quando ajudo , quando divido, quando rio por nada, quando danço ao ouvir uma música, quando volto para casa...”






Amar o que faz como forma de felicidade:

Ana Maria




Ser útil e ajudar são as escolhas que fazem a Ana Maria feliz.





Márcia



A Márcia exalta a linda família que tem e o trabalho que ama fazer: “Simplesmente viver! A vida me proporcionou um marido especial, uma filha maravilhosa, uma família adorada e um trabalho prazeroso.” E reforça o pedido de ser feliz a cada aniversário.






Ana Cândida




A Ana Cândida sem conhecer a Márcia concorda dizendo: “Fui abençoada em estar aqui e agora, com as pessoas que tanto amo, fazendo o que mais gosto!”





Uma rede de amizades como forma de felicidade:


Gustavo












Camila
O Gustavo e a Camila concordaram dizendo: “Minha família e meus amigos que são quase a mesma coisa!”









O amor como forma de felicidade:

marco Aurélio


Para o Marco Aurélio a felicidade ainda perambulava em dúvidas, mas descobriu que: “... Agora na casa dos 40, sei: que sou transbordantemente feliz quando amo alguém...!”








Uma janela para a fé como forma de felicidade:

Stelamaris




A Stelamaris diz: “Ser feliz, é aceitar o que Deus nos propõe a cada momento, compreendendo que viver é a aceitação da nossa vida!”









Ao ler e reler todos os depoimentos colocados aqui de forma resumida, as palavras: Abraço, família, gratidão, solidariedade, simplicidade, Deus, e eventos da natureza como: vento, sol, ondas do mar e lua, percebi que de uma maneira em geral a felicidade está realmente ao alcance de todos.

O acúmulo de bens materiais, sequer apareceu!

Segundo o psicólogo Tal Bem-Shahar, a felicidade situa-se na intersecção entre o prazer e o significado, portanto, seja no seu trabalho ou em casa, o objetivo é estar engajado em atividades que sejam importantes e agradáveis para quem realiza.

E ainda, a neurocientista Silvia Helena Cardoso, fundadora do Instituto da Ciência da Felicidade diz: “A felicidade possui um diferencial em relação a outros objetivos de vida: é o único que tem valor em si mesmo. Os outros como saúde, poder, dinheiro, beleza, sucesso, fazem sentido apenas como um meio para alcançar o bem-estar.”

Relembrando o primeiro post, aqui vai o resultado de uma estatística:

Para os especialistas, 50% das diferenças no nível de felicidade entre as pessoas se devem à genética, 40% à atitude e apenas 10% às circunstâncias.
O que nos dá a maravilhosa conclusão de que:

 SER FELIZ É UMA QUESTÃO DE ESCOLHA!

E daí? Eu já decidi!
 Agora é a sua vez!
Abraço carinhoso,
Cris

PS: Dicas de pedacinhos de felicidade.
Fonte: Google
- Abraços que balançam, bolhas de sabão, risadinha do seu bebê, bilhetinho no espelho ou dentro da mala, barulho da chave na porta quando seu filho chega em casa, uma mesa com toalha cheirosa com um bolo também cheiroso em cima, um pedido de desculpas, ganhar inesperadamente um presentinho, correr e mergulhar de uma vez no mar, a festa que seu cão faz quando você chega em casa, segurar na mão de quem você ama, ouvir do seu filho (a): te amo! Aumentar o volume do rádio quando toca sua música preferida...

Tem mais alguma dica? Posta aqui! Vamos fazer uma lista bem grande de felicidade! Publico no próximo post as dicas de Felicidade que vocês sugerirem... VEM!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

O que te faz feliz? Parte II

   
Fonte: Google
                  

 Por Rosemay e Navarro

  
Falar sobre a felicidade é muito fácil!

 É encantador na verdade, buscamos memórias para trazê-la ao verbo, e isso nos remete a bons momentos e sentimentos de pura leveza.

Algumas vezes a percebemos no exato instante em que ela aparece, mas, o contrário também acontece e outras vezes  “ela”  só é reconhecida  em nossas vidas quando paramos para pensar, qualificar e quantificar  a sua presença.  É comum a frase: “Eu era feliz e não sabia!”.

É por isso que este tema está aqui, falaremos sobre a felicidade no agora, no tempo presente, imediatamente já!

A felicidade já é tema de estudo cientifico, veja só:

A principal linha que estuda essa emoção é a chamada psicologia positiva que vem crescendo desde 1980 e tem como pioneiros os psicólogos Ed Diener, professor da Universidade de Illinois, e Martin Seligman, diretor de um centro na Universidade da Pensilvânia (ambas nos EUA).

A ciência da felicidade ganhou novo status com o desenvolvimento das tecnologias de imageamento cerebral. Graças a elas, neurocientistas juntaram-se a psicólogos e psiquiatras na tentativa de compreender até onde vai a nossa capacidade para ser feliz. Fonte: Revista Galileu Ed: 208, por Juliana Tiraboschi.

Este é um gráfico de países com o seu índice de Felicidade:

Fonte: World Database of Happines

A dupla que começa estes escritos eu conheço bem, eles não se conhecem, e não sabem, mas as histórias de vida que eles têm são muito parecidas, cheia de superações, de muitas lutas e vitórias.

O Navarro escreveu assim: “O que me faz feliz, é olhar para trás e ver que todo o meu caminho foi cercado de desafios, mas fico feliz ao ver que aprendi a me reinventar, que não sou mais o mesmo de 1...5... ou 10 anos atrás, a sensação de mudança é fantástica e nos torna senhores de nossas ações. Vislumbrar os resultados de nossas mudanças me deixa muito feliz!


Aqui está a primeira teoria da pesquisa que diz que mudanças nas circunstâncias de vida não teriam um efeito permanente no nosso nível de felicidade, ou seja, a pessoa pode ter uma surpresa maravilhosa como, por exemplo, ganhar na loteria ou viver um imenso trauma como uma doença grave ou luto que teriam seus níveis de bem estar alterados - para mais ou para menos - mas eventualmente voltariam ao seu normal.

         Para especialistas, 50% das diferenças no nível de felicidade entre as pessoas se deve à genética, 40% à atitude e apenas 10% às circunstâncias.

O que mais me chamou a atenção nestes percentuais foi os 40% que estão associados às atitudes que temos frente às situações da vida, isso definitivamente é um grande diferencial na composição do nosso contexto diário.

A Rosemay que o diga: “Durante toda minha vida busquei  pela felicidade, algo dentro de mim se negava a acreditar que a vida pudesse ser tão pouco... Tão difícil e tão imensamente dolorosa...”

E aqui está uma pessoa que se posiciona dentro dos 40% quando se recusa a aceitar que a vida seja “isso”, e continua: “... Quando me desfiz de tudo aquilo que apertava meu coração, exatamente como alguém que promove uma faxina interior, fui sendo invadida pela melhor sensação que jamais imaginei provar, tudo se tornou do tamanho de Deus!”.

Como todo sentimento e acontecimento da natureza humana temos a sombra e temos a luz, de uma maneira em geral queremos a luz, mas pouco se faz para permanecer nela quando temos oportunidade, e isso também tem explicação científica, basta entender que todas as substancias do planeta são constituídas de átomos e moléculas, sabendo que os átomos são constituídos de elétrons, prótons e nêutrons entendemos que isso nos compõe.

Ora, por convenção os prótons (positivos) estão no núcleo junto com os nêutrons, e os elétrons (negativos) estão orbitando ao redor do núcleo.

 Isso é química? Sim!

 Mas é também a maneira fácil de entender que o nosso núcleo (o que somos como pessoas) é originalmente positivo! E que as coisas negativas ficam tentando entrar, algumas vezes até conseguem, mas este não é nosso DNA natural, somos luz, somos energia positiva, por natureza, isso é o que somos!

A felicidade é pura energia, modifica nossa composição, recupera e cura por isso em qualquer conversa sempre pergunto: “ O que te faz feliz?”

É sorriso na certa! Por que a simples lembrança de algum momento assim já é remédio para qualquer situação.


Beijo carinhoso,

Cris.

PS: Mais dois autores estão a caminho...

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O que te faz FELIZ? Parte I

Lancei esta pergunta no grupo “A vida que Vi” que tem o mesmo nome do meu blog e faz parte da tentativa de construção de um conceito que atualmente está sendo muito utilizado em várias empresas e cursos com a intenção de construir o índice de FIB (Felicidade Interna Bruta).

Este termo foi criado pelo rei do Butão...Jigme Sinye Wangchuk em resposta a críticas que afirmavam que a economia do seu pais crescia miseravelmente.

E esta criação assinalou o seu compromisso de construir uma economia adaptada à cultura do país baseada nos valores espirituais budistas. Assim como diversos outros valores morais, o conceito de Felicidade Interna Bruta é mais facilmente entendido a partir de comparações e exemplos do que definido especificamente.

Enquanto os modelos tradicionais de desenvolvimento tem como objetivo primordial o crescimento econômico, o conceito de FIB baseia-se no princípio de que o verdadeiro desenvolvimento de uma sociedade humana surge quando o desenvolvimento espiritual e o desenvolvimento material são simultâneos, assim se complementando e reforçando mutuamente. (Fonte: Wikipedia)

A felicidade, assim como o amor, até pouco tempo atrás era definida pelos poetas, mas atualmente há pesquisas muito sérias a respeito e seus resultados chegam a conclusões interessantes como por exemplo, de que a felicidade vai depender de vários conceitos e alinhamentos individuais.

A conclusão máxima é a de que as pessoas de uma maneira em geral, tendem a não sentir felicidade na maior parte do seu dia, por outro lado, outros sentimentos como a raiva, culpa, medo e insegurança permeiam os pensamentos de bilhões de pessoas todos os dias em toda parte do mundo, em qualquer cultura ou nível social.

Então... O que fazer?

Sei que é difícil controlar pensamentos, principalmente se estivermos frente a algum problema, desafio ou luto. A dor sendo física ou emocional tende a ocupar grande parte dos nossos recursos energéticos de superação, conseguimos alguns por alguns, momentos desviar, driblar ou até mesmo esconder o que sentimos, mas é preciso entender que isso terá um preço e que normalmente é caro! Que o digam as úlceras, cálculos renais, enxaquecas e outras tantas patologias psicoemocionais que vemos por aí todos os dias.

Esta é uma luta constante, até por que, Felicidade é uma palavra de difícil definição, e quando perguntamos: O que te faz feliz? Já sabemos que a resposta virá dentro dos moldes vivenciais de cada um.

De qualquer forma, ao receber os relatos e respostas desta pergunta, percebi que todos, eu disse,  TODOS colocaram a felicidade em momentos conquistados ou em algo a conquistar do tipo: O que senti quando... Ou o que sinto quando...

Fonte: Google
Mas o que todos já sabemos é que, a felicidade é uma linda colcha de retalhos!

 E a conclusão mais lógica ainda é que mesmo sem (a princípio) ter como controlar os nossos pensamentos ( por que isso é possível, conto depois...)  ela deve ser reconhecida e vivida mesmo em pequenas doses, no dia a dia.

Assim como os problemas e os outros sentimentos citados acima nos invadem, é perfeitamente possível abrir nossa mente para sentimentos agradáveis e leves que simplesmente não percebemos por que estamos ocupados demais em sentir dor, culpa ou medo, por exemplo.

Por que fazemos isso?

Outra boa pergunta, talvez para outro post, no entanto, para o momento posso antecipar que, as respostas deste pequeno universo de leitores que se manifestaram a respeito, trouxeram luz para vários movimentos que todos nós temos internamente, ideias que podem contribuir, na sua, na minha, na nossa caminhada pela vida e que a partir de agora terá companhia de pessoas que ainda não se conhecem.

Como isso irá acontecer?

Os autores serão colocados em duplas nos posts, e irão conhecer-se através do que escreveram. Estes posts terão complementos com textos, fotos ou vídeos que tratam do assunto (ou assuntos) em questão, e assim cada dupla poderá compartilhar suas experiências auxiliando os outros autores com suas experiências de vida.

A ideia é simples, na verdade simples até demais, só queremos saber afinal... O que te faz feliz?

Até breve então!

Beijo Carinhoso

Cris.


quinta-feira, 18 de julho de 2013

Gratidão...




Palavra linda! Sentir também é!

Outro dia li no Face o seguinte: Gratidão é uma energia que precisa ser trocada.

Adorei ler isso, porque energia boa a gente troca mesmo, a gente envia, manda por oração, mensagem, cartinha, ah! Por infinitas formas de presença mesmo que distante, ela fortalece, promove sorriso, é quentinha no abraço, é leve, soltinha feito balão!

Quantas vezes me senti assim! Como é bom trocar esta força que abre caminhos, fornece tijolos para qualquer ponte ou casa, é escada infinita para subir em elevação de alma, ela soma, ilumina, é microfone que fala alto mesmo sem palavras.

Ela tem esta intensidade quando é espontânea, sua fonte é sempre o reconhecimento pessoal pela atitude de outro alguém, seja qual for, pode ser por algo conquistado ou até sentido, tanto faz, o importante é que ela existe e é maravilhosa.

No entanto, o inverso é grandioso também. O sentimento de ingratidão é devastador, invasivo e destrói por alguns segundos a fé nas pessoas, não em todas, mas naquelas em que depositamos afeto e crédito de tempo e carinho.

Pior ainda, quando em movimento reverso você em troca de uma confiança depositada na amizade precisa da mão que estendeu em ajuda e recebe um sonoro: “Não!” ou, percebe que a pessoa começa a usar a capa da invisibilidade e “some” da sua vida, ou ainda, vira “Gasparzinho” aquela presença ausente, do tipo: Vou ficar quieto, para não me ver e não pedir nada!

 Mas, a mais dolorosa de todas as formas de ingratidão é aquela que vem das pessoas que receberam muito, mas muito mesmo de você, em tempo, amizade, confiança, oportunidades. E tudo isso que ela recebeu transformou o pouco em muito, proporcionou movimentos nas diversas áreas da vida dela, e todos eles advindos do seu movimento de boa fé e carinho. E tem mais! Aproveitando deste momento de revés que você está vivendo, ainda se beneficia e tripudia da dificuldade tirando proveito. É de lascar!

Lembre: Se gratidão é troca a ingratidão também será...Tudo é energia!

Daí você pede ajuda, dá indiretas, diretas, faz proposta e a resposta não vem. Seu pedido e sua vida ficam suspensas no limbo da vontade ou má vontade das pessoas que você resgatou dos escombros, da dor e maus momentos e descobre que não será atendido.

É tenso!

Maaaas... Olha a parte boa chegando!

Tudo isso nos obriga a várias reflexões, e depois do sentimento reorganizado, percebe que por causa do abandono surgem recursos que nem imaginava ter. Novos olhares para as relações nos dão o foco para continuar na busca por maior qualidade de sentimentos reais, as avaliações redimensionam os valores e isso é um ganho maravilhoso para o nosso ser!

Até a ingratidão é lição de vida!

Uma linda percepção de pessoas com a capacidade incrível de olhar para fora de si, de tornar momentos difíceis em reais possibilidades de vitória e superação. Esta é a melhor parte desta vivência tão áspera e ao mesmo tempo tão reveladora.

Então... Obrigada a todos os ingratos da minha vida, vocês me tornaram uma pessoa muito melhor, este aprendizado é realmente profundo e humanizador.

Desta forma, assim como eu aprendi e reorganizei meus valores e afetos, desejo que vocês, queridos ingratos, recebam em proporção o mesmo que recebi de vocês! Muita ingratidão para que talvez algum dia tenhamos novamente alguma coisa em comum e possamos conversar a respeito!

Valeu! (De verdade!)

Bj Cris

segunda-feira, 3 de junho de 2013

Mini me...


Vou apresentar aqui uma bonequinha muito especial que me foi presenteada por uma pessoa especial também, uma artesã que confeccionou com muito carinho uma boneca que representasse minha infância, fez uma entrevista, perguntou características físicas, de comportamento e apresentou esta “lindeza” minha cara, jeito e força! Boneca que hoje quase tem vida própria de tanto que já aprontou por aí!

Quando a vi, me reconheci imediatamente, e ela trouxe consigo um momento mágico que ainda está atuando e influenciando nos vários  movimentos internos pelos quais estou passando.

O nome dela é Tina, pois este é o apelido que tenho em família, lembrar da minha infância olhando para esta pequenina me fez retomar o prumo em várias situações, mas a principal delas foi a de reencontrar o tempo em que tudo na minha vida era perfeito, hoje eu sei que era, simplesmente perfeito!

A Tina sou eu, criança, feliz, curiosa, dona da bola e metida a saber tudo, lembrar estas características em sua fonte me deixaram muito mais forte e com uma saudade imensa da menina que fui, hoje ela me coloca na máquina do tempo para dar voz e ação de várias formas, para atuar e prosseguir em um  grande leque de possibilidades.

Inicialmente não percebi, mas ao brincar com a Tina entendi a dinâmica de um processo que está apenas começando, principalmente por que ela me convida a todo instante a pensar como criança, e me trouxe de volta um olhar para o mundo que imaginei que tivesse perdido, as perguntas que hoje me faço quando estou com ela são extremamente fáceis de fazer, mas pensando como adulta são muito difíceis de responder, para ela no entanto, são simples até demais.

Se estiver feliz ela vai sorri, se estiver triste vai chorar, se não gostar de alguma coisa vai falar, se estiver com fome vai comer, se estiver entediada vai aprontar, se ouve música dança, se vê alguém tirar foto corre para fazer pose, se precisar de ajuda  vai chamar e se ninguém ajudar ela vai reclamar, ela espia, experimenta, prova, corre e dorme. Ela é assim... Eu fui assim.

Ao me reencontrar com ela, questionei imediatamente por onde eu havia andado e o que tinha acontecido com regrinhas tão simples de viver. Por certo minha parte adulta precisou assumir as responsabilidades coerentes do mundo no qual estou inserida, mas quando ela chegou tomei uma decisão: Quero de volta este “eu” feliz e preocupada apenas se amanhã vai fazer sol para andar de bicicleta.

Ela já revolucionou o meu mundo e trouxe consigo o pó mágico da imaginação e é capaz de fazer várias pessoas felizes apenas com a sua presença, já que evoca o melhor que podemos ter dentro de nós, renova a coragem da busca e com inocência, busca respostas em si mesma.

Se alguma coisa não deu certo, tenta e tenta de novo, até ficar satisfeita. Algumas pessoas da minha família tiveram oportunidade de sentir o quanto é poderosa a emoção da fantasia que ela despertou, por que ao brincarem com ela, pelo simples fato de brincar com ela sorriram imediatamente. Não por que era ela, mas por que o sonho e o faz de conta se fez presente. Uma escapadinha para o imaginário.

Nós precisamos desesperadamente do sonho, ele nos alimenta a alma, aquece e conforta por alguns momentos a realidade às vezes tão... REAL.

A Tina brinca, troca de roupa, faz aula de dança, sobe em árvore, gosta de adultos e de crianças, faz perguntas e conversa de igual para igual, na verdade ás vezes acho que ela seja madura demais para a idade.

Mas qual a idade dela? Tanto faz... Qualquer idade está boa, já que ela conversa sobre qualquer assunto.

Ela é uma boneca esperta e tal qual a Emília, tomou a pílula falante, conversa de tudo, e entre uma brincadeira e outra ela fala sério também, desta forma uma das coisas que ela irá conversar é sobre comportamento infantil e comportamento adulto ou como o comportamento infantil interferiu no adulto e vice-versa. Entende? Não? Relaxa depois ela explica!

Ela contará histórias algumas verdadeiras e outras ilustrativas, lógico que estarei de olho nesta bonequinha incrível, por que ela precisa que eu escreva as coisas que ela pensa e sente, mas uma coisa eu garanto, ela tem muita vontade de conhecer pessoas e várias dicas de como ser criança neste mundo de adultos, inclusive para você que já cresceu!

Ah! O nome completo dela é: Tina... Cristina.

Bj Carinhoso,


Cris.