segunda-feira, 4 de junho de 2012

Psicoterapia, o que é?

O que é? Como acontece? Será que ajuda mesmo?  Estas perguntas escuto sempre! Outros comentários também são comuns do tipo:” Terapia? Não estou louco!” Ou então: “Não conto minhas coisas para ninguém!”. Ou ainda: ”Não acredito nessas coisas”.

Sempre respondo: Ok! Apenas isso.

Não há o que dizer para a pessoa que não quer saber, concorda? No entanto, o simples fato de negar tão veementemente este contexto, para nós psicólogos já é um pedido de ajuda, temos esta mania, desculpe, mas pense! Um dentista vai analisar o sorriso das pessoas, um neuro vai te perguntar algo se você comentar que esta com dor de cabeça, um advogado vai querer saber mais se você comentar sobre algum processo seu, é assim que funciona.

Não vou tentar definir psicologia, você encontrará várias definições colocando em qualquer site de busca na internet, vou apenas tentar colocar aqui o que a psicoterapia pode ser para você utilizando a minha forma de ser psicóloga.

Há evidentemente regras e uma série de componentes éticos que devemos obedecer, portanto, que fique claro, não há como ser psicólogo sem obedecê-las, elas existem por razões óbvias, mas fundamentalmente para proteger ao profissional e ao seu paciente, caso o profissional não as siga estas regras, ele será apenas alguém que você paga para desabafar seus conflitos e o pior, sem beneficio nenhum!

O terapeuta será alguém que deverá ter um ótimo senso de questionamento, gosto de achar que o bom terapeuta é o que faz as perguntas certas.  Faz parte, ele quer conhecer você, apenas isso, conhecer sua história, saber o que pensa e como pensa, quer saber de que forma você entende algumas coisas e a partir disso, se necessário utilizar recursos técnicos para auxiliar você a encontrar um novo caminho, um novo olhar para a situação que gera o conflito, o trauma, o luto, a dor etc.

Não produzimos conceitos nem dizemos se algo é certo ou errado, e não deverá haver frases do tipo:” Você deve fazer isso ou aquilo!”. Não é este o papel do terapeuta, não damos respostas, nem fazemos as suas escolhas, ISTO É SEU! Escolher é o seu papel, o nosso papel é te ouvir, e sabemos que o próprio ato de falar algo que incomoda já é terapêutico, produz alívio, leveza.

Por experiência pessoal, sei que muitas vezes uma situação é gigante dentro de nós, e quando falamos, ela torna-se menor, simplesmente por que o espaço que agora ela habita no lado de fora é muito maior, e assim ao colocarmos em outra perspectiva tudo muda de figura. Fato!
Conheço pessoas que dizem: Não preciso de terapia, eu mesmo me analiso.

Desculpa, mas isso não existe, a pessoa pode, claro, fazer exames de consciência, repensar conceitos, administrar seus conflitos, claro que pode, aliás, deve! Mas pense, se você está realmente disposto a ser eficiente em suas mudanças, não seria melhor uma ajuda profissional para administrar tudo isso de forma conclusiva e segura?

Utilizando um exemplo bem comum: O que fazemos quando precisamos melhorar o desempenho do computador? Podemos utilizar alguns recursos que conhecemos e até funciona, mas quando chamamos um profissional da área ele faz tudo de forma mais rápida e eficiente, melhora o desempenho da máquina, limpando o que não é mais utilizado, abrindo espaço na memória, aumentando a velocidade, ele faz tudo isso mais rápido do que nós, não é mesmo? Claro! Ele estudou, e faz isso o tempo todo tem mais prática e é capaz de perceber algo que foge ao nosso conhecimento. A grosso modo isso também acontece no processo terapêutico quando feito por um profissional da área.

O psicólogo não julga, não produzimos opinião sobre o que você faz ou fez nem dizemos se é certo ou errado, o que importa para nós é como você sente isso e como você reage a esta situação, que emoção surge neste contexto, e desta forma, buscamos juntos outro olhar para buscar o seu conforto emocional.

Este, no final das contas  é o motivo principal pela busca de terapia, sentir-se confortável dentro de si, com suas escolhas, sejam elas quais forem, mas que tragam paz.

Sofrimento emocional faz parte da vida, o que não precisa fazer é a dificuldade de demonstrar, de dizer o que sente, de criar asas para uma liberdade almejada, e por fim, de estar feliz e satisfeito com o que você simplesmente é.

Abraço carinhoso

Cris

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